Finalmente, alguém teve coragem de dizer claramente o que acha que a Petrobras é: um cocô! O destemido tecno-burocrata que botou a cara à tapa foi o atual presidente da Empresa, ministro de saudosa memória dos tempos do governo Fernando Henrique Cardoso, que renasceu das cinzas da aposentadoria muito bem remunerada, da qual saia sempre para dar conselhos financeiros a 20 famílias podres de rica, únicas clientes da consultoria para gestão de fortunas criada pela própria esposa, Lúcia Hauptman.
Em sua primeira entrevista à Folha de São Paulo, Pedro Parente, escolhido a dedo para gerir a maior empresa do país em tempos de interinato – ou seja, tinha que ser um tucano rápido no gatilho para privatizar a Petrobrax, já que o impeachment podia não dar certo!!! – deu aquela ensaboada: “Não acho que a sociedade brasileira esteja madura para sequer discutir… a privatização da Petrobras.” Ou seja, afirmando-se contra a privatização da empresa, falou da venda de ativos da estatal e admitiu estudar o controle compartilhado com o setor privado de algumas subsidiárias, como a BR Distribuidora ou a Transpetro. “A grande discussão que se coloca neste momento: controle ou cocontrole (controle compartilhado)?”, afirmou ele.
Para quem participou ativamente da criação do nome Petrobrax como primeiro passo para privatização de nossa maior empresa, criar esta nova nomenclatura, “cocontrole” é mostrar, inconscientemente, o que ele pensa, realmente, sobre a empresa que ora preside…
Hoje em dia ninguém é bonzinho de graça.(Stanislaw Ponte Preta)