Que me xinguem os bolsotários (e como xingam!), mas cultura é fundamental!
Jair Messias Bolsonaro: “Eu sou imbrochável!”
1 – Meus amigos me chamam de pessimista, pois sou cético em relação à humanidade. Eu digo, sempre, que tenho muitas razões. Como esta: um dos advogados do Adélio Bispo, o afamado esfaqueador, disse que o financiador de sua defesa “é uma pessoa ligada a ele religiosamente…”
– Quem se diz enviado de Deus para consertar o mundo é o MitÔ… Será que o advogado quer mais dinheiro para manter a farsa? Ou o Malafaia não está gostando do poder do Centrão sobre o MitÔ?
2 – Continua a saga do MitÔ pra provar que é macho e que o caos do Brasil não é culpa dele. Se o cara brocha em casa, a culpa não é dele! Afinal, ele é imbrochável, né Michelle? Se há desempregados ou a inflação está alta, a culpa não e dele! Ele é só presidente do Brasil, pô!
3 – A Justiça brasileira é, indubitavelmente, hilária. O MitÔ, seus filhos numerados, o Alcolumbre e muitos outros parlamentares praticam rachadinha há muito tempo. Daí, um juiz de 1ª instância, com base em provas robustas, autoriza a investigação contra o 01, que apela e protela…
– Meses e meses depois, dezenas de apelações depois, o STJ julga que o agora senador 01 mantém o foro privilegiado de quando era deputado estadual, e anula todas as provas colhidas. Ou seja, o crime existe, foi cometido pelo 01, mas as provas tem que ser colhidas de novo.
– Colhem-se as mesmas provas de novo, o crime é comprovado de novo, mas, quando for julgado, ele já prescreveu… Viva o Brasil!
4 – Isto é o presidente do Brasil, um país de 220 milhões de habitantes, 14 milhões de desempregados, 19 milhões de esfomeados… um cara que constrange a própria mulher numa cerimônia oficial, dando a entender que é muito macho e satisfez sua mulher bem cedo.
“Acredite se quiser” pic.twitter.com/8Oj5wMOotr
— Bernardo Mello Franco (@BernardoMF) November 11, 2021
5 – Eu não sei porque imprensa, autoridades e formadores de opinião em geral ainda se surpreendem com as mentiras do governo do MitÔ. A mentira faz parte do caráter do presidente, da família, dos ministros e do gado que o venera, exatamente porque vivem numa realidade paralela.
– O desmatamento é horroroso e o mundo sabe disto, mas o discurso na COP-26 é que o meio ambiente brasileiro está no melhor dos mundos. Mentira deslavada que só o gado acredita e dissemina. Triste Brasil!
6 – Durante anos, nós acreditamos que éramos um povo cordial. A violência sempre esteve presente, principalmente na forma como os coronéis tratavam seus peões, os donos do gado tratavam seus vaqueiros, os barões dirigiam seus operários, a vida, enfim, nos morros e periferias.
– Isto nunca importou muito pras classes média e alta: não era com elas! O povinho que se virasse. Agora, a violência está subindo de status. Duas vereadoras se estranharam na Câmara de São Paulo, saíram discutindo do Plenário e se engalfinharam no banheiro.
– No BO na Delegacia, uma acusou a outra de tentar enforca-la. E são do mesmo Partido, o Novo… Viva a Nova Política do Brasil!
7 – Enquanto isto, nas classes menos abastadas, a violência é permanente, diária e descontrolada. Por uma razão simples: como a elite menospreza o povo, os guardas das esquinas se sentem protegidos para passar por cima das leis e aplicar a lei do mais forte.
– É o que mostra um estudo inédito do Fórum Brasileiro de Segurança Pública: os MP’s de São Paulo e Rio pediram à Justiça, em 2016, o arquivamento de 09 em cada 10 casos de mortes provocadas por policiais no Rio e São Paulo. Nada a ver com o MitÔ. O preconceito é estrutural!
8 – Em entrevista à Globo logo após ser indicado ministro da Justiça, Sérgio Moro disse, ao vivo, uma frase que, transposta para hoje, evidencia claramente o seu caráter ou, melhor, a falta de. Perguntado se poderia, no futuro, ser candidato a Presidência, respondeu:
– “Não… Estou te falando aqui que não vou ser… Eu não sou um político que minto… Desculpe, com todo respeito aos políticos. (…) Eu não sou nem político e nem minto…!” Ismo mesmo: ele não era um político que mentia… era um juiz que mentiu sempre!
Ainda se faz Jornalismo no Brasil: leituras (e vídeos) que acho importantes: