A ditadura militar foi derrubada e uma democracia foi consensual e amigavelmente instalada por eleição indireta em 1985. Apenas 34 anos depois (duas gerações!!!) nós caminhamos para uma nova ditadura… alegremente! Experiências vividas por velhos como eu não são ouvidas! Quando forem, será tarde demais…!
Só para comparar: Hitler era um pintor austríaco frustrado que empoglou uma Nação muito mais culta e preparada que o Brasil, apesar de destruída e humilhada pela derrota na guerra anterior… Bolsonaro é um tentente frustrado que conseguiu empolgar parte da Nação…! A História não mente… E se repete, a maioria das vezes como farsa.
E é uma farsa o conservadorismo que vivemos hoje. As empulhações bolsonárias tem mais de 30 anos, desde que ele, inepto e indisciplinado, foi “gentilmente convidado” a se retirar do Exército e, na ressaca democrática pós-ditadura, elegeu-se vereador pelo Rio de Janeiro. Em dois anos de vereança, pouco participou e pouco fez como legislador municipal: limitasva-se empregar parentes e apaniguados e a elogiar seu curral eleitoral, os militares do “baixo clero”. Num dos poucos discursos da tribuna, reclamou do jornal popular ‘O Dia’, que o acusara de ‘dedo-duro’ (registrava discursos de colegas contra as Forças Armadas e mandava-os para os militares). Em outros defendeu o controle da natalidade para as classes mais pobres, mas foi contra a distribuição de camisinhas nas favelas, porque elas iriam virar ‘bexiga’ nas mãos da molecada (posturas que ele manteve ao longo da vida parlamentar, aliás).
Mas seu eleitorado gostava de seus arroubos e faniquitos teatrais e, passando por 06 Partidos (PDC, PPR, PPB, PTB, PFL e PSC) ele foi eleito deputado federal por 06 mandatos consecutivos. ‘Membro permanente’ do baixo clero legislativo por 28 anos, foi descoberto pela direita brasileira – pelos mesmos arroubls e faniquitos, sempre contra direitos e movimentos sociais – como um excelente ‘boi de piranha’ para enfrentar o petismo e, se as tramóias constitucionais não dessem certo, tornar-se um anteparo a Lula, de modo a eleger um Alkmim (ou Joaquim Barfosa ou Huck ou qualquer outro direitista não radical que fosse viável).
A estratégia deu certo pela metade… Grande Imprensa, Lava Jato, fake news diárias nas redes sociais demonizaram o petismo, impincharam Dilma e prenderam Lula. Mas os ‘bons conservadores’ não foram eleitos! Em novo Partido (PSL), Bolsonaro foi, carregando para o Planalto seus pimpolhos, seus fascistas fanáticos e seus milicos de pijama, saudosos da ditadura.
Em 07 meses de governo, o ‘baixo-clerismo’ virou política de Estado! O Mito quer seu filho fritador de hambúrguer como embaixaburguer nos States, mais importante embaixada brasileira, acha normal empregar parentes e apaniguados nos gabinetes legislativos, bem como transportar parentes de graça às custas do governo, chama os nordestinos de ‘paraíbas’, uma forma pejorativa e preconceituosa usada pelos cariocas, e se chama de Johnny Bravo, um personagem de desenho animado americano, que é burro, infantil, retartado, socialmente inepto, machista e narcisista (ele deve estar se olhando muito no espelho!)
Acha que, como presidente, manda e faz o que quer e, por isso, demite o diretor do INPE porque o Instituto mostrou a realidade do desmatamento absurdo no Brasil de hoje, demite a presidenta da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos, um órgão de Estado, não de governo, porque buscava a verdade escondida pela anistia imposta pelos militares de 64 e defendia o direito de famílias saberem onde estão os corpos de mortos e desaparecidos nos porões da ditadura, que ele finge desconhecer.
Em 07 meses de governo, Bolsonaro já mostrou que foi um ponto fora da curva, uma ‘errada’ até mesmo para os conservadores brasileiros. Que querem a reforma da Previdência definitivamente de qualquer jeito! E acham que vão consegui-la se mantiverem as coisas do jeito que estão, com o Mito zurrando besteiras, o governo liberando emendas parlamentares e os tecno-burocratas viabilizando recursos para seus bolsos sempre ávidos. 370 deputados já a aprovaram em 2º turno. E os senadores também irão aprová-la. Mas, a que custo para o povão? Que, infelizmente, continua bovinamente olhando pro céu à espera da luz divina… Afinal, Deus sabe o que faz! (termina amanhã)