Debatendo com as redes

  1. As redes transmitem um discurso de Evo Morales defendendo Dilma, o PT e a democracia brasileira, com comentários do tipo: “Tá ficando feia a coisa!” Meu Deus, socorro! Os bolivianos vão invadir o Brasil!  As centenas e centenas de bolivianas que produzem roupas para os grandes magazines brasileiros vão sair de seus porões do subúrbio paulista, com suas agulhas, alfinetes e tesouras e avançar sobre os financistas da Avenida Paulista.
  2. As redes transmitem uma elegia ao grande herói da Lava Jato, conclamando as multidões para os manifestos de 13 de março. Já vi este filme. Em 1989, surgiu outro jovem bonitinho, bem arrumadinho que fazia discursos inflamados e efusivamente apoiado pela Globo, que lhe deu o apelido de Caçador de Marajás (no lugar de Caçador de Corruptos). Deu no que deu: derrubada do presidente em 1992 e assassinato – até hoje não esclarecido – de seu braço direito, Paulo César Farias. A história se repete, sempre, como farsa. E infelizmente, a classe média brasileira continua atrás de salvadores da pátria, heróis impolutos, mocinhos de novela capazes de transformá-la na elite do país. Doce ilusão: não passam de massa de manobra dos verdadeiros vendilhões da pátria!

 

ARegra do Amor

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