Quem diria? ainda se faz Jornalismo no Brasil: leituras (e vídeos) que acho importantes
Que me xinguem analistas e comentaristas, mas conhecimento é fundamental!
Kierkegaard: “As pessoas exigem liberdade de expressão para compensar a liberdade de pensamento que usam raramente”
1 – Nos tempos bicudos que vivemos até 2022, a Justiça foi muito arranhada. E lamber as feridas não está sendo fácil. Muitos juízes e juízas, porém, estão reafirmando os valores democráticos da Constituição brasileira, como o da liberdade de expressão, que nunca foi ou será absoluta.
– Um medalhão do jornalismo pátrio, por exemplo, uma das figuras emblemáticas do jornalismo de esgoto implementado pela Veja e que usa um texto rebuscado pra denegrir a reputação dos “inimigos”, acaba de ser condenado à prisão. Não será o único, espero…
2 – O vereador Sandro Fachinel, do PL de Caxias do Sul, apareceu muito na Mídia há um ano por fazer discursos públicos racistas e contra trabalhadores baianos, mas não foi cassado. E volta às manchetes agora, com outra estupidez bolsonarista: as árvores é que são…
-…culpadas pelo desastre climático no Rio Grande do Sul. Como diz meu irmão, qualquer pessoa pra se candidatar no Brasil, devia passar por um ENEM. É idiota? O TSE veta!
3 – A vida de um deputado federal no Brasil é um mar de rosas. O paulista Da Cunha, acusado de agredir a ex-companheira, teve seu caso arquivado no Conselho de Ética da Câmara pois, segundo o relator, “quem vai apurar (a agressão) é a polícia, quem vai julgar é a Justiça.”
– Já o MP/SP pediu a condenação do jornalista Luan Araújo, que foi perseguido pela deputada Carla Zambelli numa rua movimentada de São Paulo. Acusação: injúria e difamação. Já a ilustre parlamentar, que o perseguiu de arma na mão, continua livre, leve e solta…
4 – Eu vim pra Brasília em 1975, pra trabalhar como assessor de imprensa da CIBRAZEM, empresa estatal dona dos armazéns e responsável pelos estoques reguladores do governo. E fiquei na CONAB, que a incorporou em 1990, até me aposentar, em 2004.
– A política de estoques reguladores ajudou muito a população em várias crises de abastecimento que o país passou nestes 30 anos. Mas não foi implantada pelo petismo. Foi no governo do Jango, com a criação da CIBRAZEM em 1962, e foi muito valorizada na ditadura Geisel.
5 – A esta altura, o governador gaúcho já veio a público dizer que foi mal interpretado, que ele não está contra as doações, só queria chamar a atenção para a situação dos comerciantes que, além de sofrerem pessoalmente com a tragédia, estavam sofrendo comercialmente.
– É razoável sua preocupação mas, sendo ele um tucano liberal, é difícil engoli-la. Seria aceitável se ele oferecesse alternativas: zerar impostos pra alimentos, produtos de limpeza, água, cobertores, ração, por exemplo. Comerciantes continuariam atuando, independente das doações.
6 – A postura de pessoas que fazem este tipo de doação é a mesma daquelas que precisando renovar o guarda-roupa e, conseqüentemente, abrir espaço pra guardar as compras feitas, juntam as roupas velhas, puídas, rasgadas e pedem pra igreja buscar.
– Depois, desfilando as roupas novas e de acordo com a moda, contam pros amigos: ‘Estou em paz com Deus… doei todas as minhas roupas pros pobres da minha igreja.’ Ah! Se alguém reclama, retrucam: ‘Este povinho é muito mal agradecido!’
7 – Não há dúvida que Temer é uma raposa política. Muito felpuda. Tanto que se livrou de 02 impeachments quando presidente – após participar do golpe contra Dilma – e seus processos judiciais que seriam retomados após encerrar seu mandato, não saíram das gavetas.
– É bom prestar atenção no que ele fala: ele não critica pessoas mais poderosas que ele. Se o faz é porque está emitindo sinais pra contarem com ele em um possível golpe em preparação.
8 – Esta realidade, naturalmente, não aparece na grande imprensa brasileira. Só interessa a ela, que depende do patrocínio do agro, vender o mantra “O Agro é Tech, o Agro é Pop, o Agro é Tudo”, criada pela Globo, aliás.
– Na verdade, pra 30 milhões de brasileiros, o Agro é Flop!
9 – O Véi da Havan, com sua fantasia de papagaio verde amarelo, foi o símbolo empresarial do bolsonarismo. Tinha motivo: devia as cuecas de impostos pro governo, não pretendia pagar e o ex-mitô não pretendia cobrar. Mudou o governo, o verde amarelo foi abandonado, mas…
-…o caráter bolsonarista continua ativo: criar e difundir mentiras pra enganar o povo é a essência deste caráter. O vídeo produzido por Inteligência Artificial tem uma mensagem: “Grandes empresas dando exemplo de esforços e logísticas”. IA não precisa de esforço nem de logística.
10 – Vocês vão se cansar de ler aqui: Jornalismo sério é isto aí! Porque as redes estão assumindo o papel que a imprensa tradicional já teve um dia. Um bastidor não é o cochicho que um assessor muito próximo do ministro tal soprou pra estrela do noticiário…
– É um fato real que um jornalista bem informado sobre o histórico dos envolvidos e o jogo que está sendo jogado, conta para o público. E o jogo na Petrobras não é estatizar ou privatizar… é grana, muita grana pros de sempre!
11 – Como se vê, é muito fácil hoje, usando o celular, uma garota ou garoto fazer um fake news e transmiti-la pela tevê. Eles chamam isto de trolar (pra quem não sabe, troll é a pessoa que insulta, persegue e humilha outra pessoa). Uma arma poderosa usada pelos bolsonaristas…
12 – Desde criança eu escuto esta verdade patriótica: Deus é brasileiro e, por isto, aqui não tem desastres, vulcões, terremotos… Ou Deus cansou da estupidez dos negacionistas que se multiplicaram no país ou a natureza está tentando mostrar o quando eles são idiotas.
– Desde criança eu escuto o versículo bíblico: o que Deus uniu, ninguém poderá separar! O ser humano evoluiu e não se prende mais a um amor que possa ser eterno, mas que mantém sua vida à deriva. Será que evoluirá a tempo para evitar a auto-destruição da vida?