Quem diria? ainda se faz Jornalismo no Brasil: leituras (e vídeos) que acho importantes
Que me xinguem analistas e comentaristas, mas conhecimento é fundamental!
Luiz Inácio Lula da Silva: “Quando eu achei que todo mundo estava gostando da economia crescendo, tinha uma parte da sociedade, que já tinha isso, que ficava incomodada com aqueles que não tinham e estavam ficando iguais à eles”!
1 – Pel’amor de Deus! É uma cacetada! Decomposição, desmoralizado, desqualificado, despejado…? E, pra completar, a cônja já está anunciando sua possível candidatura no lugar dele pro Senado? Se eu fosse o Moro, pedia o divórcio e me auto-exilava em Miami…
2 – O professor Castro Rocha toca num ponto que é básico pra entender a forma de agir do fascismo: a atuação dos parlamentares que são eleitos em uma democracia e agem o tempo todo para desmoralizá-la, na certeza de que, numa ditadura instalada com o incentivo…
-…deles, eles continuarão gozando dos benefícios de uma democracia, mas só eles, já que os “inimigos” serão cassados, presos, asilados, quem sabe desaparecidos.
3 – A histeria que tomou conta da imprensa corporativa em relação ao discurso de Lula sobre a participação dos Estados Unidos na Lava Jato, é um sinal claro da falência das organizações familiares que a opera, uma espécie de tentativa desesperada de buscar… -…investidores americanos para que os barões da imprensa permaneçam participando da elite brasileira, com possibilidade de influenciar corações e mentes de seus membros. Vão encontrar e sobreviver, mas suas organizações não. Jornalismo não sobrevive sem um mínimo de credibilidade…
4 – Infelizmente, não haverá CPI das Igrejas Evangélicas. Há barreiras intransponíveis, como a inferioridade numérica de parlamentares progressistas, a comunicação deficiente do governo com os fiéis destas igrejas, a comunicação direta dos pastores com estes mesmos fiéis…
-…e, acima de tudo, a crença inabalável que eles têm de que Deus só os ouvirá se seus pedidos forem encaminhados através de seus pastores. Insisto: conscientizar é preciso!
5 – Desde que entrei na faculdade pra fazer Jornalismo que escuto um alerta: “Vai com calma… Jornalista é o profissional que morre mais cedo, de ataque cardíaco ou derrame. Acho que erraram o diagnóstico ou a estatística. Acho que jornalista é quem fica senil mais cedo.
– Está aí a Dora Kramer que confirma minha desconfiança. Ela continua acreditando na ressurreição de FHC e Serra…
6 – Pode-se dizer tudo de ruim sobre o ex-mitô e seu clã – estão aí, à vista, todas as safadezas e maracutaias que eles fizeram durante mais de 30 anos – mas há que se reconhecer sua genialidade e bom gosto no campo imobiliário. Mais de 100 imóveis…
-…51 deles comprados na bufunfa, e mansões próprias no bairro mais luxuoso de Brasília não é pra qualquer um. Será que as belas instalações feitas pelo ex-senador Luiz Estevão pra ele na Papuda já foram reservadas?
7 – Estou boquiaberto com a notícia: entre os 250 miliardários presentes em Davos que assinaram o manifesto Proud To Pay, pedindo para que seus patrimônios sejam taxados, há um brasileiro, João Paulo Pacífico, do Grupo Gaya. Minha surpresa não é a presença do brasileiro…
– Minha surpresa é a ausência de Lemman, Sicupira e Teles, que tanto obram pela redução das desigualdades no Brasil.
8 – Até hoje me pergunto qual a razão objetiva pra que os bolsonaristas se tornassem negacionistas em relação à vacina. Só porque o ex-mitô queria vender cloroquina? Mas se o ‘negucinho’ da vacina Covaxin superfaturada tivesse dado certo, eles passariam a apoiar a vacinação?
Covaxim X 1
9 – Dona Damares, quando ministra, disse que crianças de Marajó recebiam comida pastosa e tinham os dentes arrancados pra facilitar o coito anal e oral. O ex-mitô, quando presidente, fazia rolês pela periferia de Brasília onde pintava um clima com menores venezuelanas.
– Será que o nobre deputado não confundiu pedofilia com periferia?
10 – Não basta matar mulheres e crianças, não basta derrubar suas moradias, não basta roubar seus monumentos… é preciso tirar a esperança de um sobrevivente de qualquer possibilidade de se desenvolver pra manter acesa a chama por uma pátria livre.
11 – Eu imagino que há muitos estudiosos analisando o fenômeno bolsonarista. Não é uma simples repetição de movimentos como o nazismo na Alemanha, ou o fascismo na Itália, onde líderes oportunistas arrebataram multidões empobrecidas e desesperadas num pós guerra.
– O Brasil de 2018 não tinha saído de uma guerra, apesar do golpe constitucional contra Dilma, e nem havia uma situação de miséria que pudesse levar o povo a uma revolução. Havia, como sempre, falta de conscientização política. Daí, a ladainha: “Eu quero um Brasil melhor!”
12 – Durante seu período áureo, a Coroa portuguesa descobriu e dominou terras em outros continentes. E nelas implantou sua língua, seus costumes, seu deus, sua burocracia. Quando libertados, muitos de seus filhos buscavam Portugal como porta de entrada para um mundo melhor.
– O mundo melhor não existe mais. E as portas de entrada vão se fechando sem dó nem piedade. Os fados não encantam mais, pois o que se ouve mundo afora são os gritos dos afogados…