Quem diria? ainda se faz Jornalismo no Brasil: leituras (e vídeos) que acho importantes
Que me xinguem analistas e comentaristas, mas conhecimento é fundamental!
Evo Morales: “O melhor que podemos fazer é refundar a Bolívia e garantir uma revolução democrática cultural. O melhor que podemos fazer é mudar esse Estado colonial, esse modelo neoliberal.”
1 – Evo Morales, o índio aymará que mudou a face política da Bolívia, foi forçada a renunciar por poderosas “forças ocultas”, que temiam sua possível reeleição para um novo mandato presidencial. Houve um golpe à época, que teve que marcar novas eleições.
– Mesmo sem ele, seu partido, o MAS, ganhou as eleições. Dia 20 último, o presidente Arce anunciou a descoberta de mais de 02 milhões de toneladas de lítio, o minério mais valorizado atualmente. Dia 26, um general tentou dar um golpe! Nossa imprensa não citou Elon Musk…
2 – Pra ficar claro, está aí, através de um analista e consultor internacioal, uma explicação objetiva e didática da tentativa de golpe fracassada na Bolívia. Interessante que a Globo, que adora especialistas, só botou este no J10, pouco assistido pelo povo, por causa da hora… (o vídeo foi apagado, provavelmente pela própria Globo: o especialista dizia certas verdades que não interessam a ela)
3 – Que fique claro: fumei por mais de 30 anos e continuo bebendo minha dose de uísque diária, mas acho que fumo e bebida são tão prejudiciais à saúde quanto qualquer droga hoje proibida. Ou seja: sempre fui favorável à liberação de todas elas. Traficantes é que se fu..riam*!
– Mas a descriminalização do porte de até 40 gramas de maconha, aprovada pelo STF, me encucou: como produção e venda de maconha pra consumo não foi liberada, como é que o usuário irá adquiri-la? De traficantes?
4 – O ministro Alexandre de Moraes merece todas as honras pelo primoroso trabalho que realizou em defesa de democracia durante o golpismo bolsonarista. E o reconhecimento dos brasileiros por estar eliminando das redes figuras grotescas e vulgares que de lá tentam…
-…(e até conseguem) influenciar corações e mentes para as delícias do esgoro de onde ascenderam ao palco de suas vidas vazias e inúteis.
5 – É incrível o puxasaquismo explícito! Quando a Câmara aprovou, em 23 segundos, o PL do Estuprador, redes, movimentos sociais, imprensa e até as ruas se mobilizaram contra. Até o Arthur Lira, que não costuma se importar com protestos populares, recuou e…
-…engavetou temporariamente o projeto. Mas seu autor, Sóstenes Cavalcante, não! Ele não se importa com a voz das ruas, mas com a doce voz de dona Michelle e mudará o texto: mulheres que fizerem aborto não serão mais presas… apenas os médicos “aborteiros”.
6 – Pois é… ouvindo dona Michelle, o ‘malafrário’ Sóstenes retirará a criminalização da mulher que fizer aborto. Mas, mesmo nos abortos legais, por estupro, por anencefalia e por risco à vida da mãe, o aborto após 22 semanas permanecerá crime semelhante ao homicídio.
– Se ele mudar o texto e o PL for aprovado, permanece a estupidez: se o aborto foi realizado, o médico e quem ajudar serão presos, mas se não for e a estuprada ou a mãe morrerem, ninguém será punido.
7 – O equilíbrio fiscal do país – os gastos do governo têm que caber nas receitas – é um mantra do Mercado. E cortar as despesas é o caminho que o Mercado exige. Pra ele, o Brasil gasta muito com Previdência, com salário mínimo, com programas sociais, com saúde e com educação.
– Lula discorda, acha que o país gasta muito é com benefícios fiscais pros ricos (que, é verdade, cresceram muito nos governos petistas). Alguém aí acha que nosso Congresso vai concordar com ele e cortar alguns destes benefícios? Aposentados que se preparem após as eleições…
8 –Uma aula bem simplória do que poderia ou deveria ser o comunismo e o que a grande imprensa define como comunismo. Faltou explicar porque comunista tornou-se um comedor de criancinha no Ocidente e porque o comunismo nunca fez a cabeça do ser humano?
– É fato que o comunismo levou a Rússia de um país quase medieval à potência rival dos Estados Unidos em 50 anos e que o capitalism não eliminou a miséria e a fome no nundo, ou seja, não é o regime político que traz felicidade, é o ser humano que não sabe viver.
9 – Freud conseguiria explicar que tipo de transtorno sexual têm os principais nomes do bolsonarismo, cuja fixação em sexo é gritante? A deputada Zanata, aquela que adora posar de rifle na mão (um símbolo fálico, talvez?), apresentou projeto pra restringir o uso dos…
-…banheiros com base apenas no sexo de nascimento, ou seja: só machos podem usar o banheiro masculino e só fêmeas podem usar o banheiro feminino. Obviamente, seu projeto não obriga escolas, bares, cinemas, empresas etc a construir banheiros unixex: LGBTQ+ que mijem nas ruas…
10 – Esta é outra das ‘verdades’ criadas pela propaganda capitalista, reforçada por lacrimosos filmes hollywoodianos e espalhada pela Mídia ocidental: a perseguição às igrejas, aos padres e a queima de bíblias na China. Mao era mau pra carái!
– Então, vou insistir: aprendam ou coloquem filhos e netos pra aprenderem mandarim!
11 – Não adianta bater bumbo pra democracia brasileira porque venceu o golpismo. Não adianta falar em solidez das instituições e o STF continuar julgando e mandando golpistas pra prisão. O esgoto ascendeu à superfície e tem até status parlamentar…
– Pior: o mentor continua livre, leve e solto, viajando pelo país para eleger prefeitos e vereadores que acreditan na violência e no ódio que ele e sua corja pregam. Enquanto ele não for preso, fascistas como Salles e Bia Kicis continuarão apoiando golpes contra a democracia!
12 – A 1ª coisa que nossa imprensa chamou a atenção é que a Bolívia já sofreu mais de 190 tentativas de mudar seu governo à força em 200 anos de independência… quase 01 por ano! A 2ª é insistir no protagonismo do ex-presidente Evo Morales, a sombra por trás dos acontecimentos.
– Na verdade, o que os barões da imprensa detestam são lideranças populares. Elas significam riscos ao status quo por tentarem sacudir as massas, que eles querem ver e ouvir apenas cantando suas canções pacíficas e dolentes, que falam de amor, nunca de revoluções.