Meus pitacos quase diários (11 e 12/09/2023)

Que me xinguem analistas e comentaristas, mas conhecimento é fundamental!

Davi Kopenawa:“Os garimpeiros, sem dúvida, vão matar os índios isolados na área Yanomami”

Quem diria? ainda se faz Jornalismo no Brasil: leituras (e vídeos) que acho importantes

https://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-que-aconteceu-com-personagens-marcantes-do-bolsonarismo-desde-o-ultimo-7-de-setembro/

                1 – Como a estratégia do governador de Minas não deu certo pra atrair empresas para o Vale do Jequitinhonha (anunciar que a vida lá era barata e se contratava empregada por R$300,00), ele encontrou outra forma (matéria no 1º post) de atraí-las:

                – vendeu a participação acionária do governo mineiro em uma unidade de mineração de lítio no valor de R$208,3 milhões, pra 02 empresas, uma com capital social de R$1.200,00 e outra de R$1.002,00. Lembrete: lítio é o ouro dos tempos atuais…

             

                2  – A indignação do Eduardo Moreira é justa, muito justa, justíssima… A justificativa do terrivelmente evangélico para o marco temporal é vergonhosa. Ninguém em sã consciência pode justificar o genocídio dos povos originários como um direito de conquista…

                – Ninguém que prega a palavra de Cristo pode buscar justificativas pra violência. Ninguém que defende a Constituição pode buscar justificativas pra fu..r* com os direitos básicos de seres humanos.

                3 – A ANPR, associação dos procuradores (que promove a lista tríplice pra escolha do PGR) soltou nota em que afirma que a análise sobre a Lava Jato precisa ser “técnica” para preservar as instituições da polarização política. Interessante a crítica ao supremo Tóffoli…

                – Durante os anos em que a Lava Jato operou e imperou, houve alguma crítica da ANPR à ações políticas de seus procuradores? Houve alguma recomendação para que eles não usassem interpretações particulares da lei (como forçar delações premiadas)?

                4 – Algum tempo atrás, o supremo Gilmar Mendes, numa sessão da 2ª Turma do STF, foi categórico sobre as ações da Lava Jato: “coisa de pervertidos!” “Claramente se tratava de prática de tortura!” Não houve qualquer crispação midiática, tipo “Oh! Que absurdo, Ministro!”

                – Agora, o supremo Tóffoli faz um voto de cento e tantas páginas, comprovando as perversões e as torturas. E é criticado violentamente. O motivo? No voto, ele cita o Lula, cuja prisão foi um grande erro do Judiciário brasileiro. Inocentar Lula é inadmissível pra imprensa familiar!

                5 – Eu sei que os jurisconsultos gostam muito de usar esta palavra – Gilmar Mendes vive repetindo-a em seus laudatórios televisivos – mas juro que não sabia que existia uma tese jurídica que torna crime seu mau uso. Será que o douto cônje sabe realmente o que é hermenêutica?

                6 –  Foi muito simbólica a parada de Lula pra chupar jabuticaba depois do desfile de 07 de setembro. Marketing? Provavelmente, pois a população vive de símbolos. Nada mais positivo para se contrapor ao ex-mitô que chupar uma fruta exclusivamente brasileira…

                -… de um pé que ele próprio plantou há 15 anos, em seu próprio governo anterior. Recado certeiro: tentaram me apagar, me eliminar, mas estou aqui dando frutos ainda e sempre. Ploft!

                7 – A grande imprensa, tão acostumada a fazer especulações sobre as consequências dos fatos que ela está divulgando, deveria nos dar suas previsões sobre o que acontecerá com os demais intocáveis que tanto elogiaram nos tempos áureos da Lava Jato.

                – Moro e Deltan, antes mesmo da decisão do Tóffoli de investigá-la profundamente, já sabem o seu futuro, mas e os outros e outras? Cumpriam ordens?

 

                8 – Como um legítimo tucano, o governador Eduardo Leite absteve-se de falar da ida de Lula, que estava na Índia participando da reunião do G-20, ao Rio Grande do Sul, pra confortar as famílias atingidas pelo ciclone. Com isto, de cima do muro, evitou ter que falar …

  

                -…também das ausências de seu vice-governador, que estava em Marrakesh, e dos senadores gaúchos Luiz Carlos Heinze e Hamilton Mourão, que não estavam em Marrakesh…

                9 – Parece-me que não houve a decantada profissionalização dos milicos  após a redemocratização. O que houve foi uma adequação do moral militar às práticas e costumes da classe política, principalmente no uso do dinheiro público pra enriquecê-los e às suas famílias.

                – Talvez assim, estariam preparados ao reassumirem o poder, como fizeram há 04 anos. E cumpriram a missão, tanto que ocuparam cerca de 08 mil cargos civis e aprovaram o duplo salário (militar + civil) pra quem ocupasse tais cargos. No lema, trocaram Pátria por Bolso!

10 – Débora Aladim é uma youtuber que, através de suas vídeoaulas, ajuda pessoas a estudar pro vestibular, ENEM e que tais. Sua teoria sobre os homens é muito interessante, mas merece algumas contraposições. De homens mais jovens que eu, antenados aos novos tempos…

– Eu cresci em outro século, em que até as mães faziam questão de criar seus filhos como senhores da família, delas e das fututras mulheres. E isto vem desde  as cavernas… Eu aprendi muito desde então, mas não se muda uma prática em apenas um século…   

11 – Suponham que eu tenha acesso ao depósito em que o governo brasileiro guarda os presentes recebidos pelo país pelos governos de outros países. Suponham que, em lá entrando, eu retire 111 presentes e os leve pra minha casa, dos quais os que me interessaram…

-…pelo alto valor comercial, eu venda e embolse o dinheiro. Em português claro, isto é roubo, né mesm…?

                12 –  – Na minha distante juventude já havia polarização política: por aqui se dizia que o bem, abençoado por Deus, o capitalismo, era ameaçado pelo demoníaco mal, o comunismo. Quando o ex-mitô destampou o bueiro, a radicalização voltou à superfície. Pra alegria da elite!

 

                – Na verdade, não tenho nada contra a polarização. Ela funciona bem em democracias evoluídas. Já naquelas mambembes, ela descamba pra violência desmedida. E se torna um campo féritil pros canalhas e aproveitadores. Como certos generais de pijama e pastores que cercavam o MitÔ…

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