Há muitos assuntos idiotas rodando na grande imprensa (e em blogs) que mereceriam a atenção de Stanislaw Ponte Preta, se vivo fosse. Vou me ater ao que me chamou mais a atenção porque não é protagonizado por um político, personagem inevitável destas histórias, p
elas besteiras e imbecilidades constantes, mas por um promotor público, gente tão ciosa de suas responsabilidades quanto da certeza que têm de representarem a vontade do povo em suas demandas . Trata-se da ação pública por improbidade administrativa, movida pelo Ministério Público de São Paulo contra o prefeito Fernando Haddad.
Ao ler a manchete, pensei que o prefeito petista tinha imitado o governador tucano e perdoado a dívida de alguma empresa en
volvida com a Lava Jato. Não, não era. A matéria refere-se ao inquérito para apurar suposta improbidade administrativa do prefeito Haddad, instaurado pelo promotor Nelson Luis Sampaio Andrade, do Patrimônio Público e Social da capital, pelo trote que o prefeito Haddad passou no comentarista da Rádio Jovem Pan, Marco Antônio Villa.
Dia sim, dia não, com base na agenda do prefeito, Villa desce o cacete na sua “preguiça”, quando a agenda tem poucos comprom
issos,
ou na sua politiqui
ce, quando a agenda tem encontros políticos, ou na sua auto-promoção, quando a agenda tem inaugurações ou lançamentos de obras. Certo dia, então, Haddad mandou divulgar a agenda do governador Alkmim, sempre elogiado pelo comentarista pela operosidade e eficiência, como se fosse a sua. A agenda indicava, apenas, assuntos internos, para alegria do comentarista que, desceu o cacete, mais uma vez, no prefeito. O promotor acha que, ao fazer a ‘pegadinha’ em que o comentarista caiu como um pato, o prefeito cometeu “ofensa aos princípios da publicidade, transparência, impessoalidade, moralidade e interesse público.
Sem dúvida, num
a megalópole como São Paulo, que sempre teve índices de criminalidad
e astronômicos, que tem, historicamente, seu patrimônio público invadido pela especulação imobiliária e em que ações sociais sempre foram tratadas como assunto de polícia, uma ‘pegadinha’ precisa, realmente, ser investigada e punida. Especialmente, se o autor for um prefeito que está tentando humanizar a cidade, pois São Paulo não pode parar… nem para rir de uma boa piada!
*Mais inútil do que um vice-presidente. (Stanislaw Ponte Preta)